quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

http://portugalporreiro.blogspot.com/2011/05/137
-funcionarios-publicos-de-portalegre.html
Não me vou alargar muito sobre este assunto, até porque um colega meu no escritório fez de imediato o favor de me corrigir, dizendo que os funcionários das companhias de água, são funcionários locais e não públicos. 

Pois seja qual for a nomenclatura, o efeito e a escola é o mesmo e a verdade é que a maioria dos trabalhadores das repartições de serviços de utilidade pública, são incompetentes para as funções que cumprem, têm demasiados benefícios e trabalham, pouco, ou nada.

No outro dia, fui finalmente alterar o nome da água da casa onde moro, pois, (pasmem-se) enquanto o anterior assinante, não desse baixa, o nome do serviço não podia ser alterado... ou seja, mudámos-nos para aquela casa em Abril do ano passado, mas como o anterior inquilino, não só não deu baixa do serviço, como não pagou alguns dos meses em atraso, nós, novos inquilinos com contrato e tudo, não podíamos colocar o contador em nosso nome! De génio! Então a conversa à quase um ano atrás passou-se assim:

Nós- Como é que fazemos então?
F.P.- A única coisa que podem fazer é contactar o anterior inquilino e fazer com que ele dê baixa do serviço.
Nós-  Mas nós não conhecemos a pessoa e segundo o que o dono da casa nos disse, ele não lhe atende o telefone, pois já deve rendas de vários meses e agora vocês também dizem que ele deve águia de vários meses.
F.P.- Não podemos fazer nada, enquanto ele não pagar o que deve e der baixa, não podemos mudar o nome.
Nós- Então continua tudo na mesma?
E.P.- Pelo menos até a água ser cortada e retirarem o contador. Aí passará a ser assunto de tribunal.

Pois bem! Na passada 4ª Feira, sim, na passada 4ª feira (quase um ano depois), finalmente devem ter dado conta que ninguém pagava aquela água e foram lá retirar o contador. Facto que apenas dei conta, quando cheguei a casa depois do trabalho.

Escusado será dizer que 5ª Feira de manhã às 8h da manhã estava na porta das Águas, numa manhã gelada e cheia de gelo. Às 9h abriram as portas com muito pouca vontade e lá entrei eu para uma sala com dois computadores, onde um dizia: Contratos e informações, numa folha impressa a preto colada no monitor e o outro dizia: Pagamentos, da mesma forma que o outro.

Sentei-me no que dizia contratos, mas mais tarde vim a descobrir que tanto fazia, pois ambos os pc's faziam exactamente a mesma coisa. Explicações à parte, a senhora pediu-me o contrato de arrendamento, eu dei, pediu os documentos, eu dei e começou a preencher as fichas, acto que supostamente o avançado sistema que usam nos PC's deveria simplificar. Deveria! Mas o certo é que a rapariga, vestida com calças de ganga e enfiada num blazer azul de um corte pavoroso, com apenas um botão que parecia que ia saltar a qualquer momento de tão apertado que estava e com pneus a sair de tudo quanto era lado (a culpa não é dos pneus ou do peso da rapariga, nunca colocaria isso em causa, mas sim da roupa que lhe obrigaram a vestir que não era do tamanho dela), demorou perto de 20 minutos a escrever o nome em que o contrato iria ficar e a morada do mesmo.

Isto tudo, porque os ditos funcionários públicos/locais/camarários, cheios de regalias e que se queixam de tudo e mais alguma coisa, não estão qualificados para os lugares que ocupam. A rapariga olhava para o ecran como se olhasse para um palácio, semicerrando os olhos (Será que as regalias não lhe pagam uma ida ao oftalmologista? Acho que sim!) e carregava nas teclas daquele teclado como se fosse obrigada por formação, a utilizar apenas um dedo de cada vez, de cada uma das mãos. E mesmo assim enganava-se e tinha de carregar na tecla do delete, que deve ser a mais gasta de todas.

A meio ainda teve de telefonar para alguém, para perguntar qual era a tecla que salvava. Pasmem-se de novo era o: ENTER! 

O melhor foi quando me disseram que naquele dia ia uma outra empresa (que não eles) sub contratada, ver se estava tudo OK, ou seja, iriam fazer uma vistoria) e que no dia seguinte, me chamariam para assinar o contrato, que ela tinha acabado de redigir e do qual já tinha cópia. Apesar disso tudo, apenas no dia seguinte e depois da vistoria é que se podia assinar o contrato e pagar a caução de 46€.

Que seja! Incompetência e ineficiência são sinónimos de serviços públicos/locais, por isso até destoava se assim não fosse.

No dia seguinte telefonam-me para ir então assinar o contrato e fui. Esperei desta vez perto de uma hora para ser atendida (foi quando percebi que tanto fazia, fazer pagamentos num pc como no outro) e quando finalmente assinei o contrato, perguntei:

Eu - A que horas vão colocar o contador? Precisa de estar alguém em casa?
F.P.- Ah, mas isso só vai ser na Segunda-feira. - (Saltou-me a tampa)
Eu - Como assim na Segunda-feira?! Eu vim cá ontem, já fizeram a tal vistoria, eu já assinei e paguei por um contrato novo e um novo contador, como assim, apenas o vão montar na Segunda-feira?
F:P.- É que a empresa que fez a vistoria é responsável por colocar o novo contador e já passa das 15h, por isso agora só na Segunda-feira.
Eu - Quer dizer que a empresa sub-contratada, ontem foi ao meu apartamento para verificarem que realmente já lá não estava o contador que haviam retirado no dia anterior e agora que eu assinei um contrato que já podia ter assinado ontem, eles têm de lá voltar para voltar a colocar um novo contador?! Não podiam ter feito tudo ontem?! Têm de lá ir 3 vezes para resolver um problema que deveria, podia e devia ter ficado feito numa vez só?!

Não adiantou de nada como é óbvio, apenas tive água na Segunda-feira, pois a empresa sub-contratada, foi  ao meu apartamento uma 3ª vez, com gastos de deslocação de 3 vezes, para fazer aquilo que podia ter feito logo aquando da dita e ridícula vistoria.

Não admira que cobrem 46€ por contrato, afinal de contas há que pagar toda a ineficiência que engorda os serviços públicos/camarários/Locais.


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